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Foto autoral. |
Título: Pó de Lua nas
Noites em Claro
Autor(a): Clarice
Freire.
Editora: Intríseca
Páginas: 208
Ano de lançamento: 2016.
Onde comprar: Amazon.
Snopse:
Quando a noite fica mais escura e as
ruas se calam, a maior parte das pessoas dorme e sonha. Algumas, porém,
preferem o silêncio para sonhar acordadas. Clarice Freire, autora do
best-seller ''Pó de lua'', faz parte desse grupo. É nessa hora que
costuma criar suas poesias e seus desenhos.
Em seu segundo livro, ''Pó de
lua nas noites em claro'', ela vira a madrugada ao avesso em palavras e
imagens, dedicando uma hora a cada capítulo, da meia-noite ao amanhecer. Além
dos versos que conquistam o público desde 2013, quando foi criada a página ''Pó
de lua'' no Facebook, Clarice alterna passagens em prosa e poesia, acompanhando
sua personagem durante um longo e mágico passeio pela cidade quase deserta.
Com um humor delicado e muita sensibilidade,
a autora desvenda a angústia e a alegria daqueles que preferem a noite ao dia. Com
lápis de cor e tinta nanquim, Clarice ilumina a escuridão e continua fiel à
missão de Pó de lua: diminuir a gravidade das coisas.
Pó de Lua
nas Noites em Claro releva muito em poucas palavras. Clarice esbanja
sensibilidade em forma de versos e desenhos feitos de forma singela. Como a
própria autora denominou, o resultado do livro são poesias desenhadas ou
desenhos poéticos feitos para diminuir a gravidade das coisas.
“Abri a gaiola do
imaginário, então libertei os sonhos contidos.
Voaram com o vento por toda a casa como se não fossem mais proibidos.”
Voaram com o vento por toda a casa como se não fossem mais proibidos.”
O livro é
composto por seis partes intituladas:
00:00 – as
ruas se calam.
01:00 – a
boca se cala.
02:00 – o
pensamento fala.
03:00 – os
moradores da noite.
04:00 – os
primeiros raios de sol.
05:00 –
sentimentos dourados.
Os
capítulos foram divididos em horários da madrugada, do seu início até o
amanhecer. A personagem de Clarice não consegue vencer a insônia e sai pelas
ruas em busca de encontrar a si mesma.
“...E saber porquê
afinal, fugi da cama.
É que a cidade não
entende a agonia de quem ama.”
Durante sua
aventura noturna, Clarice fala de amor, solidão, descobrimento, angustia e
perigos. Os pensamentos viram versos, rabiscos e até personagens, que se
conectam e dão ao livro um tom singelo de poesia inocente.
A obra é
fácil e de leitura rápida, contendo poucas palavras, espalhando as mensagens
pelas páginas. Entre traços e rabiscos a autora transmite a mesma emotividade
do primeiro volume, “Pó de Lua”, mas dessa vez, em uma versão noturna.
“Algumas vezes preciso
partir para não quebrar”.
A humildade
dos versos foi o que mais me chamou atenção no livro. A poesia é leve, fluída.
Qualquer pessoa lê, qualquer um entende. São mensagens que provavelmente estão
tão dentro de nós, quanto dentro de Clarice.
Diferente
de outros livros de mesmo gênero, toda a obra faz sentido. Apesar de ser
fantasiosa, a mensagem foi passada de uma forma bem simples, sem desvalorizar a
percepção da autora.
“Mas me atrai saber
que ninguém vai pegar um barco até minha rua.”
O livro
físico se tornou um dos mais bonitos da minha estante, senão o número um. Em
papel Soft de 80g (folha durinha) e com acabamento amarelo na lateral das
folhas, a edição ilustrada se encaixa perfeitamente com a genuinidade da
escrita.
Indico
principalmente para os amantes dessa mescla de palavras e sentimentos. Me
identifiquei muito com alguns trechos e acredito que não tenha sido a única.
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